E se ensinarmos as meninas a ser corajosas, em vez de perfeitas?
Naturalmente, todos os pais querem que os seus filhos tenham um futuro risonho, mas muitos caem no erro de tentar incutir-lhes a perfeição.
A verdade é que perguntamos demasiado aos mais novos, mas ouvimos muito pouco. Existem tantas inúmeras redes sociais para se expressarem, mas poucos espaços familiares – e eles fazem muita falta.
Não cabe aos pais decidir o futuro dos filhos por eles – cabe sim cuidar, orientar, apoiar. Ajudá-los a descobrir aquilo que querem.
Vamos desfazer-nos da ideia de “perfeição”. Isso não existe. Não existem caminhos perfeitos nem escolhas perfeitas. Em vez de tentar que os nossos filhos não errem, que tal ensiná-los que é normal errar ao longo da vida, e o importante é saber lidar com isso. É importante ensinar os mais novos a lidarem com a frustração, sentimento inevitável na vida, para que isso não os paralise.
Frequentemente, a perfeição é mais exigida às mulheres, vistas como seres naturalmente prendados e organizados. Mas a verdade é que não existem mulheres perfeitas. Existem sim mulheres corajosas.
Vamos ensiná-las desde cedo que a perfeição não existe, que é normal que os medos se multipliquem quando avançamos na vida, que algumas vitórias têm preços que não valem a pena pagar.
Vamos ensiná-las a refletir, a pensar pelas próprias cabeças, a ter espírito críticos. Vamos ensinar-lhes o valor do trabalho, do empenho e do poder de acreditarem nelas próprias.
Vamos consciencializá-las sobre a importância de arriscar e ser livre, mas que a liberdade não implica anarquia. Ao mesmo tempo, vamos ensiná-las a ter respeito por elas próprias, a proteger-se e a saber dizer não.
Vamos mostrar-lhes que se juntarem as suas capacidades e poder à sua coragem, tornar-se-ão mulheres (ainda mais) fortes e dignas.
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