Mesmo depois de se reformar, médico visita paciente em coma há quase 2 décadas
Esta é a história do Dr. Potratz, um médico que mesmo depois de se reformar, não perdeu o contacto e a ligação especial com a sua paciente “Clarinha”, internada em coma há 17 anos no Hospital da Polícia Militar, em Vitória, no Espírito Santo.
O Dr. Potratz, que é também coronel, faz questão de continuar a visitar Clarinha, e mesmo passado tanto tempo ainda não perdeu a esperança de vir a encontrar um familiar dela.
Clarinha foi atropelada no dia 12 de junho de 2000, no centro de Vitória, onde foi socorrida e levada para o hospital, sem identificação.
Clarinha continua num quarto do Hospital da Polícia Militar e recebe todos os cuidados da equipa hospitalar, assim como a atenção do Dr. Potratz, responsável pelo seu atendimento quando ela chegou lá.
“Após tantos anos a dedicar-me a ela, mesmo como médico, acabamos por criar um laço de afetividade. E esta história marcou-me muito, pelas aprendizagens que tive durante esta jornada, e pela situação da própria Clarinha, que ainda está indefinida. Ainda não achámos a família dela, mas continuamos com esperança”, disse.
Durante as visitas, o Dr. Potratz traz sempre alguma coisa nova para Clarinha, e as enfermeiras avisam-no sempre que ela precisa de alguma coisa.
“Eu estava a explicar-lhe que às vezes ela tem febre, porque sente a falta dele. Porque todas as manhãs ouvia: bom dia, Clarinha”, explicou a enfermeira Neide Lopes.
Entretanto, o médico disse que só vai deixar de visitar Clarinha quando encontrarem a sua família, e mesmo aí não se vai ausentar por completo.
“Certamente vou manter um elo com essa família, mesmo que seja à distância”, disse.
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