Os casamentos “tóxicos” podem danificar o equilíbrio psicológico dos filhos mais que um divórcio
O divórcio dos pais pode ser muito traumátio para uma criança, especialmente na infância, mas a verdade é que, a longo prazo, até mesmo um casamento mantido pelo bem dela pode ter efeitos igualmente negativos.
Um ambiente familiar em que a mãe e o pai discutem frequentemente e onde não há serenidade pode prejudicar o crescimento e o desenvolvimento de qualquer criança.
Manter um casamento tóxico nunca é saudável, nem para o casal nem para as crianças, pelos seguintes motivos:
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Podem crescer e copiar o modelo tóxico dos pais
Quando forem adultas, vão imitar involuntariamente o tipo de relacionamento tóxico e errado que viram por parte das figuras mais próximas.
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Nunca se vão habituar à toxicidade familiar
Os desentendimentos constantes entre pai e mãe, a longo prazo, geram baixa autoestima e pouca autoconfiança nas crianças, e quando adultas, depressão, ansiedade e outros transtornos de personalidade.
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Vão ser mais vulneráveis a situações de stress
O lar deve ser o sítio mais seguro na vida de uma criança, por isso se for continuamente “bombardeado” por conflitos entre os pais, torna-se uma fonte de ansiedade, tristeza e stress, que pode evoluir para pesadelos frequentes e exaustão mental.
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Vão ter dificuldades em construir relacionamentos saudáveis
Assistir à degradação do relacionamento dos pais pode levar a uma dificuldade geral na capacidade da criança construir relações saudáveis e não tóxicas, não só a nível romântico mas também a nível de amizades e profissionalismo.
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Vão procurar escapar à sua realidade
Para encontrar um escape dos conflitos em casa, que deixam as crianças particularmente vulneráveis e inseguras, fá-las muitas vezes refugiar-se em comida, videojogos ou em qualquer atividade que os faça desligar temporariamente da realidade em que estão a viver, podendo criar maus hábitos ao longo do tempo.
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Não vão conseguir expressar as suas emoções
Num ambiente de família tóxico, as crianças vão aprender erradamente que expressar as suas emoções não é saudável, e a longo prazo, ganhar a tendência de guardar as coisas para elas mesmas e viver num isolamento emocional.
Concluindo, um divórcio ou uma separação familiar é sempre melhor do que crescer num ambiente infeliz.